Tycho Brahe Project

Manual de Edição

Informação prévia

Sobre este manual

Versão 2, elaborada Agosto de 2014 por Aroldo de Andrade, em colaboração com Aline Jéssica Pires e Cynthia Yano

Complementa o Manual de Preparação dos Textos, por M.C. Paixão de Sousa, acessível em: [1]


Obras e ferrramentas para consulta

Para grafia de palavras em geral:

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [ [2] ]

Utilizar as seguintes configurações: 'depois' para "Acordo ortográfico" e 'Brasil' para "País"


Para questões como junção e segmentação (hífen):

Acordo ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 [ [3] ]


Para grafia de topônimos e antropônimos:

Wikipedia [ [4] ]


Para questões de grafia (caixa alta) e padronização:

Manual de Redação da Câmara dos Deputados [ [5] ]

Marcas de edição em palavras

Junção e Segmentação

a. Juntar palavras que sofreram gramaticalização, para serem interpretadas como uma só.

Ex.1: à manhã ---> amanhã (exceto se significar ‘pela manhã’) Ex.2: de certo ---> decerto (exceto quando ‘certo’ for adjetivo ‘de certo homem’) Ex.3: em fim ---> enfim (exceto quando ‘fim’ for determinado ‘em fim de palavra’)


b. Alterar a segmentação de enclíticos, quando necessário:

Ex.: procural-a ---> procurá-la


Atenção:

- Em alguns textos, dobra-se o ‘l’ nos enclíticos lo e la, como forma de mostrar uma alteração do ‘r’ infinitivo; nesses casos, a segmentação deve manter um ‘l’ antes do hífen, outro depois:

Ex.: matalla ---> matal-la (depois modernizado para ‘matá-la’) )


c. Segmentar a pronome interrogativo ou relativo ‘por que’, de acordo com a norma brasileira (em Portugal, o uso de ‘porque’ tem correlato fonético — redução — e segue uma norma mais subjetiva, podendo ser usado tanto para formular questões quanto para respondê-las)

Ex.: Porque emudecem? ---> Por que emudecem?


d. Juntar as sequências com ‘de’ quando seguido de artigo ou pronome, quando estiverem separadas por apóstrofe ou outro sinal correspondente.

Ex.: d’um ---> dum

Atenção:

- As seguintes junções são possíveis, a depender da variedade de português sob análise: do(s)/da(s), dum/duns/duma(s), doutro(s)/doutra(s), deste(s)/desta(s), desse(s)/dessa(s), daquele(s)/daquela(s), dantes.

- A grafia com apóstrofe só fica mantida quando se quer dar ênfase na vogal: d’Ele (usu. com referência a uma divindade.)


e. Separar a sequência ‘haver + de’ hifenizada; da mesma forma, procliticizar o clítico grafado como enclítico a essa sequência.

Ex.1: Havemos-de... ---> Havemos de... Ex.2: Há-de-me lembrar ---> Há de me lembrar


f. Manter aglutinações, de caráter popular ou não, que forem previstas pelo Splitter (entre preposição, determinante, conjunção), indicando-as com um apóstrofe, quando não houver.

Ex.1: co ---> c’o (= com o ) Ex.2: cá ---> qu’a (= que a (comparativo))

Atenção: Quando a aglutinação não estiver prevista pelo Splitter, ela deverá ser desfeita, nesse momento da edição.

Ex.1: j'eu ---> já eu Ex.2: d'África ---> de África

Grafia

- alterar para maiúsculas quando houver inserção de início de sentença.

- Seguir o padrão de uso de maiúsculas e minúsculas segundo o Manual de Redação da Câmara dos Deputados.

Atenção: Alterar vogais maiúsculas em início de verso que continua uma sentença anterior:

Ex.: Os aplausos inferiores \ Julgo a meu plectro bastantes (Julgo ---> julgo)

Expansão

- Expandir as abreviações (utilizar o Dicionário de Maria Helena Flexor – Abreviaturas – Manuscritos dos séculos XVI a XX) (manter os superescritos tanto quanto possível, no original)

Ex.1: V. Ex.a ---> Vossa Excelência Ex.2: Ex.ma Snr.a ---> Excelentíssima Senhora

Correção

- Corrigir palavras que são claramente erros de impressão (verificar se há um padrão de grafia no resto do texto, para a mesma palavra)

Pontuação

a. Manter os sinais de pontuação nas posições em que ocorre no original.

b. Incluir um comentário local (menu suspenso : Símbolo > Comentário), quando a pontuação original levar a uma interpretação errônea, com a variante com pontuação modernizada (com sinais em posições diferentes)

c. Corrigir símbolos que não têm correspondente no sistema atual

Ex.: ........ ---> ...

d. Substituir sinais que não são mais utilizados em meio de sentença, por outros que indicam continuidade do enunciado, ou manter o sinal e marcar quebra de sentença e maiúscula:

Ex.1: Oh ! isso não é certo. ---> Oh , isso não é certo. Ex.2: [s] Ah ! você veio ! ---> [s] Ah! [s] Você veio !

e. Reduzir pontuações duplas a um só elemento (que represente de forma mais central o que o autor pretendia expressar)

Ex.: ...? --->  ?

Ilegível

- escrever a parte da palavra que se pode ler e substituir os caracteres ilegíveis por ‘x’; alterar para a forma reconstruída (por inferência ou comparação com outra versão — inserir um comentário geral no primeiro caso)

Ex.: marxx ---> marca

- no caso de rasura, escrever a forma impressa no original e incluir um comentário local para indicar que tipo de marca foi aposta ao original

Ex.: lus (comentário: the character ‘s’ is stroke-out in the original)

Modernização

a. Utilizar o Acordo ortográfico de 1990.

Ex.: vêem ---> veem (3.a pessoa do plural de ver no indicativo presente)

b. Utilizar a forma brasileira no caso de palavras em que há duas opções de escrita no Acordo de 1990.

Ex.1: falámos ---> falamos (1.a pessoa do plural de falar no indicativo perfeito) Ex.2: estupefacto ---> estupefato (grafia de grupos consonantais –ct-, -pt-)

c. Manter variantes gráficas reconhecidas em Portugal.

Ex.: cousa, dous, dezanove

d. Manter palavras cuja modernização implicaria alteração importante na fonética da palavra (se julgar necessário, incluir comentário local).

Ex.1: jerarquia (por hierarquia) Ex.2: giolho (por joelho)

e. Manter formas apocopadas ou arcaicas quando isto for necessário para a sonoridade e métrica do texto poético.

Ex.: isto crede vós qu’é assi (rimando com ‘e segundo o que eu vi’) [de Gil Vicente, Tragicomédia da Serra da Estrela]

f. Manter exemplares dialetais (incluir um comentário geral ou local, ou ambos, a fim de esclarecer as decisões tomadas).

Ex.: Meto-me ò (por ao ) teu coraçon (por coração ) [dialeto beirão] [de Camilo Castelo Branco, A Morgadinha de Val-d’Amores]

g. Manter a grafia de nomes próprios (antropônimos), regularizando somente acentos; corrigir variantes dentro do mesmo texto:

Ex.1: Thereza (manter como variante de Teresa) Ex.2: Maranhôa ---> Maranhoa Ex.3: Pele ---> Pelle [nome próprio escandinavo]

h. Modernizar a grafia de nomes de lugares (topônimos).

Ex.: Villa-Verde ---> Vila Verde

i. Manter formas verbais arcaicas, modernizando simplesmente traços superficiais

Ex.1: himos ---> imos (1.a pessoa do plural de ir no indicativo presente) Ex.2: estades (manter; 2.a pessoa do plural de estar no indicativo presente)

Atenção: ver o Apêndice para observar regras específicas de modernização a fim de manter traços morfofonológicos do texto.

Padronização

- Nesse nível de edição são alteradas as palavras que ficaram diferentes da norma ortográfica atual até o nível de modernização, a fim de manter traços morfofonológicos. (cf. Apêndice )

Ex.1: assi ---> assim Ex.2: imigo ---> inimigo

- Palavras variantes no português arcaico devem ser padronizadas, mesmo que haja traços fonéticos distintos:

Ex.1: abondar, avondar, abundar --> abundar Ex.2: abofé, bofé, bofá, bofás --> bofé Ex.3: ainda, inda --> ainda Ex.4: ao, ò --> ao Ex.5: ar, er --> er ('ar' desapareceu antes) Ex.6: coisa, cousa --> coisa Ex.7: deixar, leixar --> deixar Ex.8: devação, devoção --> devoção Ex.9: en, ende ---> ende ( considerando o item contraído "porende") Ex.10: eramá, aramá ---> eramá ( < "em hora má") Ex.11: esto, isto --> isto Ex.12: loiro, louro --> loiro (pessoa), louro (tempero) Ex.13: pera, para --> para Ex.14: pero, empero, emperol, perol --> pero Ex.15: pola, pela --> pela Ex.16: polo, pelo -->pelo Ex.17: mui, muito --> muito Ex.18: sam, sou --> sou


Atenção: - Para tomar uma decisão de padronização nesses casos, deve-se observar qual a forma mais frequente, ou qual a forma mais próxima da forma original.

Flexão

- corrigir inadequações às normas de concordância (não visíveis na etapa de anotação sintática): número, gênero

Ex.: (as) menina ---> meninas

- incluir casos de crase ( a + a ) que não são marcados no texto

Ex.: foi a praia ---> foi à praia

Propriedades da palavra

[action_desc]  : descrição de ação (em meio de sentença)

Ex.: ... porque isto aqui ( indicando o estômago ) é um abismo ...

[foreign]  : palavra estrangeira (marcar língua)

Ex.: ... escrevendo ele tão altamente de Summa Trinitate, & Fide Catholica .

Atenção:

- No caso de ‘foreign’, marcar a língua a que a palavra pertence (em inglês), no caso, "Latin"

Propriedades de seção, parágrafo e sentença

Seção

- escolher entre ‘act’, ‘play’ ou ‘frame’, a depender do tipo e extensão do texto dramático

[Section: act]  : ato (se o texto tem uma só peça)

[Section: char_list]  : lista de personagens

[Section: closing]  : palavras finais

[Section: frame]  : quadro (se usado em lugar da divisão em ato)

[Section: front]  : página de rosto

[Section: play]  : peça (se o texto é um livro com várias peças)

[Section: preface]  : prefácio (escrito pelo editor/impressor)

[Section: prologue] : arauto/ advertência/ palavras iniciais

Parágrafo

- para ‘action_desc’ e ‘sc_desc’, vide texto explicativo junto às marcas de sentença

[P: action_desc]  : descrição de ação (em parágrafo inteiro)

[P: char_desc]  : lista de personagens (em início de cena)

Ex.: PANTALEÃO, DOIS CRIADOS, E OS TAMBORILEIROS

[P: characters]  : lista de personagens da peça

[P: char_list]  : título da parte (a que se segue ‘characters’)

[P: chorus]  : estrofe (recuo aumentado) (~refrão)

Ex.: [P: chorus] [s] Que é aquilo, que é aquilo, que é aquilo? \ [s] Son Joon a caçar um grilo

[P: chorus_start]  : estrofe c/múltiplos personagens – 1o. pers.

[P: chorus_inner]  : estrofe c/múltiplos personagens – pers. do meio

[P: chorus_end]  : estrofe c/múltiplos personagens – último pers.

Ex.: [P: chorus_start] [S: character] Gil [s] Sabeis mais? [P: chorus_inner] [S: character] Mestre de Esgrima [s] Não, não sei al. [P: chorus_end] [S: character] Gil [s] Pois se vós, bem que secreta \ não sabias alguma treta \ que ninguém me empeça em mal.

Atenção:

- Marcar novo parágrafo a cada troca de personagem; ou a cada início de estrofe, mesmo que não haja mudança de personagem. Quando há só um personagem que fala toda a estrofe, usar simplesmente ‘chorus’.

[P: salutation]  : texto de apresentação da peça

[P: sc_desc]  : descrição de cena (num parágrafo separado)

[P: sc_list]  : lista de cenas/atos da peça

Ex.: I. A casa de Sancho Pança mal composta \ II. Bastidores de bosque

[P: scene] : título de cena

Ex.: CENA I

[P: scenery] : descrição de cenário ou lista de aparatos para cenário

Ex.: [P: scenery] [s] Mobília desgastada e empoeirada.

[P: stanza] : estrofe (recuo normal)

Ex.: [P: stanza] [s] Da tua aurora o círculo radiante \ Em brilho não vai nunca esmorecendo...

[P: subtitle] : título de seção

Ex.: COMÉDIA EM TRÊS ATOS

[P: title]  : subtítulo de seção

Ex.: ATO PRIMEIRO

Sentença

- a escolha entre ‘action_desc’ e ‘sc_desc’ visa a garantir que neste último sejam incluídas frases que possam ser analisadas sintaticamente

[S: action_desc] : descrição de ação

Ex.: ‘mostrando o papel’

[S: character]  : chamada de personagem (em discurso direto)

Ex.: 1.o Tamborileiro

[S: char_desc] : especificação sobre um personagem

Ex.: [s: character] CORO [s: char_desc] (dos pastores)

[S: partition] : frase indicativa de divisão da peça

Ex.: ‘Fim da peça’ / ‘Fim do 3.o ato’

[S: pop_speech] : fala popular (com personagens rurais etc.)

Ex.: ‘— Biba por muitos anos, biba!’

[S: sc_desc] : descrição de cena

Ex.: ‘Saem ambos’

[S: verse_indent1] verso com um nível de indentação

[S: verse_indent2] verso com dois níveis de indentação

Ex.: [P: chorus_inner] [S: character] Mestre de Esgrima [S] Há montante? [P: chorus_inner] [S: character] Gil [S: verse_indent1] Não. [P: chorus_inner] [S: character] Mestre de Esgrima [S: verse_indent2] Mangoal?

Atenção:

- As marcas acima são usadas para quando há um verso complexo, e a fala de um segundo ou terceiro personagem se junta à de um primeiro. A indentação (recuo) serve para indicar essa continuidade. Caso haja quebra de linha, a sequência da sentença virá sem recuo.

Ex.: Mestre de Esgrima Há montante? Gil Não. Mestre de Esgrima Mangoal?

Formatação geral

Quebras de página

- Por simplificação, não separar página em meio de palavra; incluir a palavra e qualquer pontuação que a siga (vírgula, ponto final, etc.) antes da quebra.

Ex.: inter-| rogou-a , ---> interrogou-a , |


Quebras de linha

- Manter quebras de linha no caso de texto poético

- Reduzir quebras no caso de títulos

Ex.: O Grande \ ---> O Grande Sancho Pança Sancho Pança

Cabeçalho/rodapé e números de página

- Incluir números de página tal qual no original, seja no cabeçalho ou no rodapé (normalmente não aparecem em página inicial de capítulo)

- Ignorar elementos extras que repetem informações sobre o livro (título do livro ou do capítulo, usualmente no cabeçalho)

- Incluir eventuais notas de rodapé como comentários locais (atribuir a autoria ao autor do texto ou ao editor, dependendo do caso) — grafar tal qual no original, sem edição, uma vez que os comentários ficam visíveis nessa versão do texto.


Comentários

- inserir comentários gerais ou locais, de preferência em inglês, a fim de dar esclarecimentos sobre decisões de edição ou sobre o significado de certas palavras ou expressões. Se bem que não seja o intento o oferecimento de edições críticas, pressupõe-se que o editor passa a ter um nível significativo de conhecimento sobre o texto, e a elucidação de expressões e aspectos linguísticos mais difíceis auxiliam no trabalho linguístico referente às demais etapas.

Propriedades do Texto e Metadados

- inserir os dados básicos do texto em Edição > Texto > Propriedades:

título ano de produção autor ano de nascimento tipo (full, excerpt) (na caixa ‘número de palavras’ encontra-se a informação a ser incluída nos metadados)

- inserir os metadados do texto, em Documento > Metadados

- Preencher as grandes categorias e as específicas:

Original text [sempre]

Author name; Author Year of Birth; Title; Genre

Intermediate source edition [se consultada uma edição de outrem]

Type; Edition Level; Editor; Date; Rights; Reference

Immediate source edition [sempre]

Type; Edition Level; Editor; Date; Rights; Reference

Corpus processing edition [sempre]

Document Name; Last Saved Date; Status of Source Text; Document Title; Document Author ID; Modernized Edition by; Period by Birthdate; Corpus Processing Edition Level; Corpus Processing Extent; Corpus Processing Status; Corpus Processing Type; Inserted in Catalog by; Last Revised by; Text Edition by; Corpus Processing Source (POS e PSD podem ser informados ‘no’, porém deixar os campos em aberto dará no mesmo resultado)


Observe abaixo as orientações para o preenchimento dos campos.

corpus processing edition
Nome Formato Uso
Document Name (cf. não é necessário informar este campo, simplesmente nomear o arquivo seguindo o padrão x_NNN, em que x é a inicial do último sobrenome do autor, e NNN é o número em ordem de upload ) Código do documento
Document Title (sem especificação) Título do Texto
Document Author ID (formato: Último Sobrenome, Nome - ex. Aires, Matias) Nome do Autor para Catálogo
Word Count (sem especificação) Número de palavras do texto
Digitalized by (formato: Inicial. Sobrenome, separados por vírgulas) Nomes dos Digitadores
XML Markup by (formato: Inicial. Sobrenome, separados por vírgulas) Nomes dos Anotadores
Inserted in Catalog by (formato: Inicial. Sobrenome, separados por vírgulas) Nomes de quem enviou o arquivo para o servidor
POS Tagged Version (sem especificação) URL do arquivo etiquetado, onde se aplica
Syntactic Annotation Version (sem especificação) URL do arquivo parseado, onde se aplica
Status of Source Text Edited; Non-edited Formato do texto inicial
First Processing Information (formato: Inicial. Sobrenome, separados por vírgulas) Nomes dos preparadores da Fase I, onde se aplica
Corpus Processing Extent Whole; Excerpt Se o texto processado foi inteiro ou parte
Corpus Processing Status (*) in Progress; Final Release; Revision in Progress; Modernization Estado de Preparação dos textos
Corpus Processing Type (**) generation 1; generation 2; generation 3; generation 4 Tipo de processamento no corpus quanto ao número de edições
Corpus Processing Edition Level (***) Complete; Technical Tipo de processamento quanto à profundidade da edição para o Corpus
Period by Birthdate 1300-1349; 1350-1399; 1400-1449; 1450-1499; 1500-1549; 1550-1599; 1600-1649; 1650-1699; 1700-1749; 1750-1799; 1800-1849; 1850-1899 Período de nascimento do autor
POS yes; no Texto etiquetado morfologicamente
PSD yes; no Texto analisado sintaticamente

Legendas:

(*) Final Release - prontos; Revision in Progress - em revisão ; Modernization in Progress - em edição

(**) 1 - digitalização de manuscritos originais; 2 - digitalização de impressos originais; 3 - digitalização de edição intermediária ; 4 -digitalização de edição de uma edição intermediária

(***) Complete - modernização integral; Technical - modernização parcial (textos da Fase I; Teatro dos sécs. XVI/XVII/XVIII)


original source
Nome Formato Uso
Author Name (formato: Nome Sobrenome) Nome do autor
Author Year of Birth (sem especificação) Ano de nascimento do autor
Original Text Title (sem especificação) Título original da obra
Original Text Editor (sem especificação) Editor original da obra
Original Text Date (sem especificação) Data da edição original
Original Text Reference (ABNT) Referência Completa da edição original
Genre Letters Narrative Dissertation Theatre diverse Gênero do texto


immediate source
Nome Formato Uso
Immediate Source Type Original manuscript; Original manuscript, fac-simile; Original print; Original print, fac-simile; Transcript of original print; Transcript of original manuscript Tipo de texto utilizado como Fonte Imediata, quanto ao estágio de versão
Immediate Source Edition Level Preserved ortography; Edited ortography Profundidade da Edição utilizada como Fonte Imediata
Immediate Source Title (sem especificação) Título Completo da Fonte Imediata
Immediate Source Rights (sem especificação) Detentor dos Direitos Legais da Edição utilizada como Fonte Imediata
Immediate Source Editor (sem especificação) Nome do Editor da Fonte Imediata
Immediate Source Date (ABNT) Data da Fonte Imediata
Immediate Source Reference (ABNT) Referência Completa da Fonte Imediata
Immediate Source URL (sem especificação) Endereço web da Fonte Imediata, se houver


intermediate source
Nome Formato Uso
Intermediate Source Type Transcript of transcript of original print; Transcript of transcript of original manuscript; Transcript of original print; Transcript of original manuscript Tipo de texto utilizado como Fonte Intermediária, quanto ao estágio de versão
Intermediate Source Edition Level Preserved orthography; Edited orthography Profundidade da Edição utilizada como Fonte Intermediária
Intermediate Source Title (sem especificação) Título Completo da Fonte Intermediária
Intermediate Source Rights (sem especificação) Detentor dos Direitos Legais da Edição utilizada como Fonte Intermediária
Intermediate Source Editor (sem especificação) Nome do Editor da Fonte Intermediária
Intermediate Source Date (ABNT) Data da Fonte Intermediária
Intermediate Source Reference (ABNT) Referência Completa da Fonte Intermediária


Exemplo de metadados de um texto já inserido no CTB.

Informações sobre a obra original / Original source edition details

Author Name: Manuel Pires de Almeida

Author Year of Birth: 1597

Original Title: Poesia e Pintura, ou Pintura e Poesia

Genre: Dissertation

Informações sobre a edição intermediária / Intermediate source edition details

Intermediate Source Type: Manuscript

Intermediate Source Edition Level: No edition

Intermediate Source Title: Poesia e Pintura, ou Pintura e Poesia. Tratado manuscrito de Manuel Pires de Almeida, folhas 50 a 104

Intermediate Source Rights: Arquivo Nacional da Torre do Tombo Casa Forte

Informações sobre a edição utilizada / Immediate source edition details

Immediate Source Type: Transcript of original manuscript Immediate Source Edition Level: Edited orthography Immediate Source Title: Poesia e Pintura, ou Pintura e Poesia. Tratado manuscrito de Manuel Pires de Almeida, folhas 50 a 104 Immediate Source Rights: Adma Muhana Immediate Source Editor: Adma Muhana Immediate Source Date: 2000

Immediate Source Reference: Muhana, Adma. Poesia e Pintura, ou Pintura e Poesia. Tratado manuscrito de Manuel Pires de Almeida, folhas 50 a 104.

Informações sobre o processamento no corpus / Corpus processing details

Document Name: a_002

Last Saved Date: 31.10.2006

Corpus Processing Status: Final Release

Corpus Processing Type: generation 3

Status of Source Text: Edited

Modernized on Transcription: no

Corpus Processing Extent: Whole

Document Title: Poesia e Pintura

Document Author ID: Almeida, Manuel Pires de

Word Count: 26.988

Period by Birthdate: 1550-1599

XML Markup by: M.C. Paixão de Sousa, T. Trippel, D. Störbeck, A.C.Garcia de Souza

Inserted in Catalog by: M.C. Paixão de Sousa

POS: no

PSD: no

First Processing Information: Revised by H.Britto and T. Menegatti; Verificomment by ; First Uploaded by H. Britto, V. Vinha and L. Chociay; First Uploaded in 15.01.2002

Etiquetagem morfológica

Obtenção do xml anotado morfologicamente

- Acionar:

Documento > Etiquetagem Automática

Atenção: Observar, na análise morfológica, se todos os elementos que devem ser ignorados estão corretamente marcados dessa maneira. (Eles devem aparecer em cinza).

Revisão da etiquetagem

- Observar se as etiquetas correspondem às palavras, de acordo com o manual de etiquetas do corpus

- A fim de facilitar o trabalho do parser, realizar quebras de sentença em orações coordenadas, e marcar as novas sub-sentenças com a marca syn-clause .

Exportação do xml para o parser

- Acionar:

Arquivo > Exportar > Sentenças etiquetadas

Atenção: Exportar o nível ‘Padronização’, e marcar somente ‘imprimir numeração de página'

No arquivo .txt: Retirar o cabeçalho gerado pelo eDictor e inserir:

#!FORMAT=POS_0 <text> ... texto ... </text>

APÊNDICE SOBRE MODERNIZAÇÃO

_Orientações sobretudo relevantes para a edição de textos clássicos (publicados nos séculos XVI, XVII, XVIII)_

Seguem-se as normas adotadas pelo Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa (CET-UL), adaptadas para o Corpus Tycho Brahe abaixo. Link do texto original: [ [6] ]

Como se sabe, o português de fases pregressas inclui alterações significativas face ao português atual, e não alterar os fatos de língua é imperativo em qualquer edição de texto antigo, mas ganha especial significado quando se trata de textos de teatro, que foram concebidos para serem produzidos em voz alta e não em leitura silenciosa. Algumas alterações também podem afetar, por conseguinte, as rimas e métrica em textos em poema.

Normas gerais

- Todas as letras e sinais que não pertencem à norma vigente são substituídos pelos seus correspondentes modernos, exceto se traduzirem um facto de língua próprio do séc. XVI que não possa ser de outra forma representado; neste caso, são conservadas as grafias antigas.

- Assim como a estrutura discursiva, a frase e o vocabulário de cada texto são deixados intactos (ressalvados os manifestos erros da edição de base, que são emendados e anotados), assim a prosódia e a fonética o são também.

Vocalismo

A maior parte das grafias relativas a vogais orais e nasais e a ditongos são conservadas sem alteração

molher, baxo, cea

Exceções:

1. As vogais geminadas são simplificadas ( irmãa > irmã ), recebendo acento quando a geminação é marca da tonicidade ou abertura da vogal ( cuydaraa > cuidará , atee > até ); o mesmo é feito em contentees > contentês , em que a geminação é etimológica mas corresponde a uma vogal monotongada, como prova a rima com cortês .

2. As letras y e e com valor de semivogal são substituídas por i

taes > tais; cuydaraa > cuidará

3. A letra o com valor de semivogal é substituída por u

mao > mau; lingoagem > linguagem

Atenção: Em certos casos pode ser mantida a grafia original, quando a sequência vocálica não puder apresentar diferença de pronúncia

deos, descreo

4. As formas da 3ª pessoa plural do presente do indicativo dos verbos ver e semelhantes com redobro de vogal ( ler ) são mantidas como vem e lem monossilábicos.

Atenção: - Incluir comentário de palavra com o correspondente ( veem , leem ); - têm não apresenta mudança de pronúncia face à forma singular no Brasil, somente no dialeto lisboeta)

5. A grafia das vogais nasais é modernizada em qualquer posição

mãcebo > mancebo; quẽ > quem; gram > grã

O mesmo se faz com a grafia -am do ditongo nasal tônico

Inquisiçam > Inquisição

Atenção: - Excetuam-se alguns casos muito frequentes de variação, que foi conservada

nam, não ; entam, então

A forma homográfica sam foi conservada como substantivo proclítico (= santo ) e como 1ª pessoa singular do presente do indicativo de ser . Contudo, foi modernizada para são quando 3ª pessoa plural do mesmo tempo e quando adjetivo. No artigo feminino ũa e formações derivadas têm essa grafia mantida, não se tendo ainda desenvolvido a forma epentética uma .

Consonantismo

6. As consoantes duplas são simplificadas

fallam > falam

7. As grafias cultas que não permanecem na ortografia atual são simplificadas

sancto > santo; Christo > Cristo; throno > trono

8. A letra u com valor de consoante é mudada para v

deuaçam > devação

9. As grafias das sibilantes são regularizadas pela ortografia moderna

çapato > sapato, descançar > descansar, asi > assi, excutar > escutar, sizudo > sisudo

10. A grafia qu antes de a ou o é regularizada para c

fiquo > fico

O mesmo se passa com g antes de e ou i , que passa para j quando a ortografia moderna o faz

geito > jeito

11. A grafia do h é regularizada de acordo com a etimologia e a ortografia actual: é eliminado quando não etimológico ( hum > um ) e é restituído quando etimológico ( oje > hoje ).

h5. Outras normas

12. A separação de palavras segue o uso moderno, recorrendo ao apóstrofo ou ao hífen quando necessário:

quentre > qu' entre, quee > qu' é, quereismo > quereis-mo, daruos ey > dar-vos-ei, queyxarsam > queixar-s'-ão

13. As abreviaturas são desenvolvidas

q > que

14. O emprego de maiúsculas é regularizado nos nomes próprios e inícios de frase.

15. A acentuação das vogais é distribuída segundo a ortografia atual.

16. A pontuação é mantida, exceto para trocar pontuações que facilitem a análise sintática, no sentido de separar sentenças; nunca são incluídos/ retirados/ mudados de lugar os sinais de pontuação.

17. Nos textos em castelhano e em saiaguês, a regularização das grafias é feita tomando como padrão formas atestadas pelo próprio texto ou por outros da mesma edição.

18. Seguindo o mesmo princípio de alteração fonética, formas como naci devem ser alteradas para nasci (somente no dialeto lisboeta a pronúncia se alterou para um som chiante).