Nome
:
M
.
M
.
da
S.G
.
Local
de
nascimento
:
Jeremoabo
Idade
:
65
anos
Sexo
:
feminino
Nível
de
escolaridade
:
4ª
série
do
ensino
fundamental
Doc
:
Como
a
senhora
chama
dona
...
Inf:
Como
eu
me
chamo
?
Doc
:
Sim
.
Inf:
De
apelide
?
Doc
:
O
nome
.
Inf:
De
nome
é
M
.
M
.
Da
S
.
G
.
Doc
:
Sim
.
Quantos
anos
a
senhora
tem
?
Inf:
Sessenta
e
cinco
.
Doc
:
Certo
.
É
,
quem
colocou
esse
nome
na
senhora
?
Inf:
Foi
a
minha
mãe
.
Doc
:
Foi
?
E
.
Inf:
Foi
.
Doc
:
E
tem
alguma
...
algum
significado
?
Inf:
Significado
coma
?
Doc
:
Se
tem
,
assim
,
algum
...
com
flor
ou
qualquer
outra
coisa
haver
?
Porque
surgiu
da
sua
vó
ou
da
sua
m
...
Inf:
Eu
num
sei
se
sugiu
da
minha
vó
ou
da
minha
mãe
,
agora
com
flor
tem
,
né
?
Que
tem
a
flor
margarida
,
num
tem
?
Num
tem
a
planta
margarida
?
Doc
:
É
.
E
a
senhora
acha
que
foi
por
causa
disso
que
ela
colocou
esse
nome
?
Inf:
Num
sei
viu
,
num
sei
.
Eu
num
tê’um
a
idéa
porque
eu
,
eu
nasci
em
Jeremoabo
,
né
?
Mas
a
minha
mãe
não
tinha
condições
de
me
criar
.
Então
ela
me
deu
pra
outos
pai
,
meus
pai
morava
aqui
,
aqui
mesmo
em
Jeremoabo
tamém
no
mesmo
municipo
,
mas
eu
fui
criada
filha
adotiva
.
Doc
:
Hum
!
Então
quer
dizer
que
a
senhora
nasceu
em
Jeremoabo
?
Inf:
É
.
A
minha
mãe
inda
hoje
é
viva
em
Jeremoabo
,
tem
noventa
e
dois
ano
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Ainda
hoje
é
viva
.
Doc
:
Mas
a
senhora
veio
pr’aqui
com
quantos
anos
?
Inf:
Com
...
Eu
num
sei
a
...
assim
,
na
base
de
ano
e
mei
pra
dois
.
Eu
num
tenho
muito
,
né
?
Doc
:
E
a
senhora
gostaria
de
ter
outro
nome
?
Inf:
Não
.
Tou
sastifeitia
com
meu
nome
,
eu
gosto
,
gosto
até
da
planta
margarida
.
Doc
:
Certo
.
E
a
senhora
é
::
casou
aqui
?
Inf:
Casei
aqui
.
Doc
:
Hum
.
Além
da
senhora
tinha
mais
irmãos
?
Inf:
Tenho
mais
irmãos
lá
em
Jeremoabo
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Tenho
,
da
parte
da
minha
mãe
nós
somo
duas
.
Uma
mora
em
São
Paulo
e
a
outa
mora
aí
em
Jeremoabo
.
A
casa
dela
é
até
de
frente
ali
com
a
igreja
Nossa
Senhora
Rosa
Mística
.
E
os
meus
irmão
por
causo
de
pai
mora
lá
também
onde
tem
L
.
tem
U
.
Tem
J
.
G
.
Doc
:
Hum
.
E
seus
pais
adotivos
?
Inf:
Meus
pai
adotivo
só
tinha
eu
,
eles
me
criava
e
num
tinha
ninguém
,
tinha
famía
não
.
Doc
:
Sim
.
Eu
digo
,
assim
,
eles
tão
vivos
ainda
?
Inf:
Não
,
já
morreu
todos
dois
.
Doc
:
Hum
.
Então
a
senhora
considera
sua
família
de
Jeremoabo
,
vai
visitar
?
Inf:
Considero
,
vou
visitar
.
Considero
a
criação
também
,
os
irmão
que
era
irmão
da
minha
mãe
,
do
meu
pai
e
todos
os
fio
dos
irmão
de
meu
pai
,
né
?
Tem
consideração
como
parente
.
Doc
:
Hum
.
Certo
.
E
a
senhora
tem
quantos
filhos
?
Inf:
Tenho
oito
.
Doc
:
Teve
oito
filhos
.
Inf:
Tive
dez
,
mas
tenho
oito
,
dois
morreu
.
Doc
:
Hum
.
Moram
aqui
?
Inf:
Não
.
Aqui
são
...
mora
dois
,
somente
,
né
?
Mora
um
que
é
casado
e
mora
outo
solteiro
.
Mora
um
aí
em
Novo
Triunfo
e
os
outo
mora
tudo
em
São
Paulo
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Lá
mora
cinco
min
...
cinco
filho
ainda
.
Doc
:
E
a
senhora
tem
notícia
?
Inf:
Tenho
hoje
memo
tive
notíça
de
tudo
.
Doc
:
É
?
Inf:
Eles
liga
pra
mim
todo
sábdo
.
Sábado
ou
domingo
,
elas
liga
pra
mim
.
Doc
:
E
aonde
a
senhora
conheceu
o
seu
esposo
?
Inf:
Aqui
mehmo
,
ele
é
fi
daqui
mehmo
.
Doc
:
É
?
Inf:
É
.
A
gente
,
pa
bem
dizer
,
criei
e
se
criamo
junto
,
todos
dois
aqui
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
O
pai
dele
era
tio
do
meu
pai
de
criação
Doc
:
Hum
.
Então
o
namoro
foi
aprovado
,
né
?
Inf:
[
ri
]
Foi
.
Doze
ano
.
Doc
:
É
?
Vocês
namoraram
...
Inf:
Doze
ano
.
Doc
:
Me
conta
aí
um
pouco
dessa
aí
,
dessa
época
.
Inf:
[
ri
]
.
Doc
:
Como
foi
.
Inf:
Como
foi
?
Doc
:
Sim
,
porque
o
namoro
de
hoj
...
senhora
acha
que
o
namoro
de
...
o
namoro
de
antigamente
era
melhor
do
que
de
hoje
?
Inf:
Era
porque
tinha
respeito
,
tinha
consideração
.
A
pessoa
tanto
considerava
o
namorado
como
o
namorado
respeitava
a
namorada
e
as
famía
.
Agora
hoje
eu
mesmo
acho
que
o
namoro
de
hoje
num
é
amor
,
num
é
paxão
é
um
...
um
escândo
.
Eu
acho
que
é
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Cê
também
acha
?
Porque
hoje
uma
moça
com
rapaz
se
encontra
hoje
num
sabe
d’onde
ela
veio
,
num
sabe
d’onde
ele
veio
,
num
sabe
se
comeu
cobra
,
num
sabe
se
comeu
sapo
,
chupa
log’aquela
ali
e
lambe
todo
e
num
sabe
nem
o
que
aquelas
pessoa
comeu
e
nem
que
doença
tem
.
Eu
acho
que
é
um
escândo
.
Doc
:
E
como
era
antigamente
?
Inf:
Antigamente
a
gente
namorava
e
sentava
,
ia
convesar
,
convesar
,
mas
tinha
também
carinho
.
Não
era
como
bicho
bruto
,
tinha
carinho
,
tinha
amor
,
criava
aquel’amor
.
Tinha
...
conversava
convesas
bonita
...
Doc
:
Hum
.
Inf:
...
né
?
Convesas
bonita
,
agradava
mais
com
respeito
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Respeitava
tanto
o
namorado
,
respeitava
a
namorada
como
respeitav’o
povo
véio
.
Ôh
os
pai
da
gente
tava
pra
lá
e
a
gente
tava
aqui
mais
convesano
.
Tudo
era
convesano
convesa
bonita
,
convesa
agradável
.
Quando
dava
uma
escapada
,
dava
um
abraço
,
dava
um
beijo
,
uma
coisa
,
né
?
Doc
:
Sei
.
Inf:
Mas
era
fora
do
...
do
conhecimento
da
...
da
vista
dos
mais
véio
...
Doc
:
Hum
.
Inf:
...
num
é
?
Doc
:
É
.
E
a
senhora
tem
,
assim
,
idéia
de
como
é
...
por
que
é
esse
nome
Lagoa
do
Inácio
?
Inf:
Se
eu
tenho
idéia
?
Tenho
.
É
porque
aqui
disse
que
era
uma
lagoa
,
né
?
Num
foi
no
meu
tempo
mais
disse
que
era
uma
lagoa
e
o
dono
daqui
se
chamava
Inácio
.
Doc
:
Ah
!
Inf:
Aí
ficou
Lagoa
do
Inácio
.
Doc
:
Ah
!
E
Jeremoabo
.
Inf:
Jeremoabo
,
eu
num
tenho
muita
idéia
porque
de
certeza
,
mas
eu
já
vi
dizer
que
era
uma
roça
com
,
assim
,
uma
fazenda
,
um
terreno
,
né
?
E
disse
que
prantava
,
nasceu
abóbra
como
castigo
,
abóbra
jirimum
.
Aí
disse
que
puseru
o
nome
de
Jeremoabo
por
causa
de
...
da
jirimum
.
Eu
que
vi
dizer
,
né
?
O
pessoal
conversa
com
a
gente
aí
,
mas
a
certeza
mehmo
eu
num
tenho
,
agora
daqui
eu
tenho
,
aqui
era
do
véi
Ináço
.
Doc
:
Ôh
dona
M
.,
a
senhora
teve
seus
filhos
todos
em
casa
?
Inf:
Não
,
o
último
fui
ter
no
hospital
.
Doc
:
Foi
?
Inf:
Foi
.
Doc
:
Como
era
o
parto
antigamente
?
Inf:
Antigamente
a
gente
,
na
hora
que
sentia
a
dor
,
mandava
chamar
a
parteira
e
a
gente
ficava
ali
mais
a
parteira
.
Quando
era
na
hora
do
menino
nascer
,
a
parteira
ajudava
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Era
assim
.
Doc
:
E
o
cuidado
?
Inf:
Os
cuidado
era
...
já
vinha
,
eu
acho
que
já
vinha
,
era
por
Deus
.
Doc
:
Ham
.
Inf:
Porque
a
gente
tinha
normal
e
ficava
sã
mais
de
que
as
de
hoje
.
Doc
:
Sim
.
Inf:
Mais
de
que
as
de
hoje
.
Doc
:
É
diferente
,
né
?
Inf:
É
diferente
,
é
diferente
.
Hoje
as
mulher
,
umas
num
tem
,
num
...
umas
num
tem
o
parto
,
é
brigado
fazer
cezário
.
Eu
mehmo
,
eu
tive
nove
fio
,
o
derradeiro
foi
brigado
ter
no
hospital
,
foi
cezário
que
o
menino
num
nascia
[
inint
]
,
né
?
Doc
:
É
.
E
houve
assim
algum
caso
de
parto
difícil
pra
senhora
?
Inf:
Tive
parto
difíci
,
assim
não
,
eu
não
tive
parto
difíci
,
o
difíci
foi
eu
criar
.
Só
a
minha
menina
,
a
...
a
companheira
do
caçulo
que
quando
eu
tive
ela
[
barulho
de
carro
]
apertou
uma
veia
na
vagina
.
Aí
foi
brigado
eu
ir
po
hospital
,
passei
trêh
dia
no
hospital
.
O
difíci
só
foi
esse
,
o
rest’eu
fiz
tudo
em
paz
,
graças
a
Deus
.
Doc
:
E
a
senhora
conhece
,
assim
,
remédio
com
ervas
dona
M
.,
daquela
época
que
se
usava
?
Inf:
Conheço
.
Doc
:
Senhora
pode
falar
um
pouco
?
Inf:
Posso
,
óia
tem
cedreira
qu’é
muito
boa
,
cê
fazeno
o
chá
dela
e
num
botano
doce
ela
é
boa
pa
intoxico
,
desintoxicar
ela
é
boa
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Tem
capim
santo
,
é
um
chá
bom
que
dá
saúde
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Maracujá
,
a
fôia
do
maracujá
é
bom
pa
...
pa
...
pa
pressão
...
Doc
:
Ham
.
Inf:
...
é
muito
bom
pa
pressão
.
Hartelão
miúdo
,
tem
uma
verme
que
as
pessoa
que
dá
mesmo
,
esse
menino
caçulo
meu
tem
uma
verme
que
ele
já
ficou
Jeremoabo
,
ando
,
até
pa
São
Paulo
eu
já
levei
ele
e
a
miora
qu’ele
tem
é
com
hartelão
miúdo
.
Faz
a
gente
,
pega
as
fôia
,
põe
no
liquificador
com
mel
e
bota
no
leite
e
ele
fica
tomano
e
ele
se
dá
muito
com
hortelão
.
Hortelão
graúdo
é
bom
pa
gripe
.
Doc
:
Sei
.
A
senhora
sabe
fazer
xarope
?
Inf:
Sei
.
Doc
:
Como
é
que
a
senhora
faz
o
xarope
?
Inf:
A
gente
pega
a
folha
de
qualquer
a
...
a
...
erva
que
quiser
,
né
,
e
põe
no
fogo
quand’ela
tá
bem
conzinhadinha
,
a
gente
vai
e
passa
ela
num
pano
,
coa
ela
,
né
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
Aí
põe
o
açúcar
pelo
tanto
da
água
,
a
gente
faz
a
base
do
açúcar
,
né
?
Bota
e
aí
deixa
fever
e
apurar
aquela
calda
.
Doc
:
E
como
é
...
é
::
que
ervas
são
essas
dona
M
.?
Inf:
A
gente
fah
de
hartelão
pa
gripe
,
fah
de
limão
pa
gripe
,
a
gente
fah
de
hartelão
miúdo
pa
verme
,
a
gente
fah
de
...
de
,
assim
,
cê
conhece
mentrasto
de
roça
?
Doc
:
Já
ouvi
falar
.
Inf:
Fah
do
mentrasto
...
Doc
:
Né
o
mastruz
?
Inf:
Não
.
O
mastruz
é
bom
também
...
Doc
:
Ham
!
Inf:
...
pa
gripe
,
é
bom
pa
verme
.
É
um
mato
que
tem
que
a
gente
faz
,
assim
,
xarope
pa
gripe
.
Doc
:
Ham
!
Inf:
De
tudo
a
gente
faz
.
Essa
noite
mehmo
eu
assistino
o
globo
repórter
,
foi
bem
bonito
que
a
graviola
tá
curano
o
câncer
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Será
qu’é
verdade
ou
é
pa
...
é
propagana
,
né
?
Doc
:
É
.
Inf:
Muita
erva
que
diz
que
seve
de
reméidio
.
Doc
:
E
como
foi
seu
casamento
na
época
?
Inf:
Aí
minha
fia
,
num
[
ri
]
num
me
pergunte
que
isso
{
trista
}
.
Doc
:
Pode
dizer
.
Inf:
Ói
,
eu
namorava
com
ele
,
mas
o
povo
de
primeira
num
era
como
hoje
,
né
?
Desconfiaru
que
eu
num
era
fia
daqui
de
pai
e
mãe
,
aí
ele
...
o
povo
dele
num
queria
,
né
?
E
a
gente
namorava
e
os
pais
contra
e
os
pai
contra
.
Quando
foi
depois
,
já
com
doze
ano
era
pa
resolver
ou
casar
ou
não
,
né
?
Doc
:
É
.
Inf:
Tinha
que
resolver
uma
coisa
.
Aí
tem
um
parente
meu
e
dele
mehmo
qu’era
sobrinho
do
meus
pai
aqui
,
aí
ele
começou
a
viajar
pa
Juazeiro
da
Bahia
,
lá
negociava
com
fumo
.
Aí
quonde
foi
depois
,
ele
fo
pra
lá
...
aí
mai
a
gente
combinou
p’eu
ir
mais
esse
...
esse
...
ah
,
esse
parente
da
gente
,
ele
ia
com
a
mulher
,
aí
a
gente
foi
lá
casou
.
Doc
:
Ah
!
Inf:
[
ri
]
Mas
foi
com
dificulidade
,
viu
?
Doc
:
É
,
mas
a
senhora
tá
feliz
,
né
?
Inf:
Eu
tou
feliz
,
graças
a
Deus
,
tamo
com
trinta
e
seis
ano
de
casado
,
nunca
se
separemo
,
né
?
Doc
:
É
.
Inf:
E
tem
alguma
dúvida
de
quem
mora
junto
,
né
?
Mah
nunca
se
separemo
,
criamo
nossos
fio
junto
,
graças
a
Deus
meus
fio
nós
criemo
como
pobre
que
nesse
tempo
era
diferente
,
mas
nunca
passaru
fome
,
nunca
passaru
necessidade
,
não
.
Doc
:
Hum
.
Como
é
que
a
senhora
vê
a
criação
,
a
educação
das
crianças
de
antigamente
e
as
de
hoje
?
Inf:
As
de
antigamente
era
mah
de
...
era
diferente
,
porque
eu
mehmo
criei
meus
fio
,
maise
o
dia
,
era
todo
mund’aqui
den’de
casa
arrodiado
.
Era
!
Cuidan’de
meus
fi
den’de
casa
,
né
?
Quando
fôru
cresceno
que
ia
sair
,
minhas
fia
fôru
numa
festa
alí
na
Sirica
,
que
aí
você
se
num
já
foi
pra
...
de
lá
,
se
num
já
vem
de
lá
mais
vai
lá
em
Sirica
,
elas
tinha
catoze
,
quinze
ano
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Tinha
aqui
um
bar
sozinho
que
era
aqui
aquele
bar
que
hoj’é
[
inint
]
,
elas
saio
.
Eu
dizia
,
oi
,
oito
hora
todo
mudo
tej’aqui
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Mas
elas
tava
,
oito
hora
tava
aqui
todo
mundo
.
Teve
uma
que
uma
vez
a
...
deu
oito
hora
,
ela
num
vêi
,
eu
peguei
um
cinturão
,
fui
lá
,
dei
umas
curriada
nela
,
ela
corria
p’um
canto
,
eu
pra
outo
.
Era
assim
,
era
diferente
,
minha
fia
,
porque
hoj’eu
vejo
as
criança
,
assim
,
des’tamanho
,
é
nos
bar
,
eu
acho
,
os
pai
,
hoje
tem
pai
que
diz
:
“menina
,
você
num
vai
ali
não!”
Ela
diz
:
“eu
vou!”
Tem
outas
que
sai
,
nem
pede
.
A
minha
menina
mehmo
,
a
caçula
das
muié
,
noivou
a
...
é
...
tá
com
dois
ano
que
ela
ta
...
casar
em
dezembro
.
Aí
quando
foi
um
dia
o
noivo
chegou
aqui
,
que
ele
morava
,
ele
é
de
meus
primo
,
chegou
aqui
e
disse
:
“eu
vim
buscar
C
.
que
nós
vamo
comer
uma
buchada
na
casa
de
meu
tíio
de
moto.”
Eu
disse
:
“ela
num
vai
não!”
“Por
quê?”
Eu
digo
:
“porque
num
vai
.
Minha
fia
num
vai
não
.
Quem
tá
lá
pa
Sum
Paulo
a
vida
é
delas
,
mas
aqui
na
minha
casa
é
eu
.
Eu
quem
posso
dar
conta
da
minha
filha.”
Aí
ele
também
foi
s’embora
.
Quando
foi
...
isso
foi
na
base
de
dezembo
pa
janeiro
,
quando
foi
em
julho
eu
fui
,
nós
foi
fazer
um
casamento
d’uma
menina
em
São
Paulo
.
Quando
nós
cheguemo
,
o
dia
que
cheguemo
,
a
danada
fugiu
.
Aí
quando
foi
no
outo
dia
,
ele
cedo
quando
passou
uns
oito
dia
,
ele
vêi
me
cobrar
,
né
?
Disse
:
“mas
aquele
dia
eu
lhe
pedi
,
a
senhora
num
deixou
ela
ir
mais
eu
,
tão
por
iss’eu
vim
carreguei
e
levei
de
moto!”
Eu
disse
:
“mas
você
levou
pra
você
!
E
naquele
dia
que
cê
me
pediu
,
você
ia
levar
e
lá
o
que
acontecesse
,
você
vinha
me
trazer
de
volta
.
E
você
levou
essa
noite
[
inint
]
...
você
levou
maih
levou
pra
você
num
foi
pra
trazer
pra
mim
,
cê
num
devolveu
pra
mim”
.
Doc
:
Hum
.
Mas
ela
é
casada
com
ele
hoje
n
...?
Inf:
É
casada
com
ele
.
Doc
:
Ah
,
Sei
.
Certo
.
Ôh
,
D.
M
.,
com’é
que
tá
aqui
é
::...
a
ajuda
no
município
,
com’é
que
tá
de
antigamente
pra
hoje
,
tem
melhorado
?
Inf:
Ave
,
é
diferente
,
minha
fia
,
é
munto
bom
,
hoj’é
munto
bom
.
Hoje
até
a
gente
tem
tudo
o
qu’é
que
falta
hoje
,
tem
tudo
.
O
governo
e
o
prefeito
num
deixa
ninguém
passar
falta
de
nada
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
É
porque
primeiro
tem
o
aposento
do
véio
,
né
?
Segundo
,
agora
té
as
criança
na
barriga
da
mãe
,
já
tá
ganhan’dinheiro
,
tem
a
cesta
que
num
é
,
nem
todo
mundo
que
precisa
,
mai
vem
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Hoje
tem
tudo
,
tudo
pos
povo
que
quer
trabaiar
.
O
banco
tá
lá
pa
tirar
dinheiro
,
pa
botar
roça
e
fazer
o
que
quiser
.
Hoj’é
diferente
,
hoje
é
...
aqui
,
hoje
,
ave
Maria
,
aqui
todo
mundo
hoj’é
rico
,
minha
fia
.
Todo
mundo
,
ninguém
passa
necessidade
,
mah
naquele
tempo
...
Inda
hoje
bem
cedo
mehmo
,
quando
ele
se
levantou
,
eu
peguei
a
coberta
,
me
enrolei
,
aí
me
virei
,
aí
eu
disse
:
“eu
me
alembrei
da
minha
mãe
,
a
minha
mãe.”
E
ela
gostava
tanto
de
dormir
,
que
nesse
tempo
o
povo
num
trabaiava
,
quando
o
pai
se
levantava
,
ela
ia
dormir
,
sábd’e
domingo
era
p’ela
dormir
,
na
semana
ia
pa
roça
,
mas
sábd’e
doming’era
pa
dormir
e
a
gente
hoje
num
tem
nem
esse
tempo
.
Doc
:
Hum
.
Então
quer
dizer
que
antigamente
a
situação
era
mais
difícil
?
Inf:
Era
mais
difíci
,
antigamente
a
pessoa
só
comia
se
trabaiasse
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Só
comprava
um
quilo
de
carne
quando
arrumasse
os
suor
.
E
hoje
não
,
t’aí
os
dinherão
dado
.
Aí
só
falta
quando
chegar
na
porta
,
que
diz
que
no
fim
do
mundo
ia
chegar
os
saco
de
dinheiro
na
porta
,
aí
agora
é
...
é
ruim
,
viu
?
Doc
:
É
.
Inf:
Deixe
po
nêgo
pegar
e
é
só
o
que
tá
faltano
é
o
saco
cheio
,
né
?
Mas
...
Doc
:
E
saúde
?
Posto
de
saúde
,
tem
tudo
aqui
?
Inf:
Minha
fia
,
o
posto
de
saúde
eu
informo
pouco
,
o
daqui
,
né
?
Porque
a
menina
trabaia
,
mas
se
...
eu
num
sei
o
que
é
que
tem
.
Eu
acho
que
nada
,
né
,
tem
,
assim
,
uns
gaze
,
um
espaladapo
,
um
mércuro
,
mas
esse
nagóço
de
remédio
,
num
tem
não
.
Doc
:
E
se
o
pessoal
precisar
de
um
médico
?
Inf:
Vai
pa
...
ou
vai
pa
Novo
Triunfo
ou
pa
Jeremoabo
,
aqui
num
chega
médico
não
.
Doc
:
Hum
,
hum
.
Inf:
Eles
num
vem
pra
cá
não
.
Doc
:
Sei
.
E
a
educação
de
hoje
na
escola
e
antigamente
,
como
é
a
diferença
?
Inf:
A
educação
da
escola
,
eu
num
sei
dizer
porque
eu
num
tenho
[
inint
]
,
eu
num
feqüento
a
escola
.
Doc
:
A
senhora
num
estudou
não
?
Inf:
Eu
estudei
,
mas
eu
estudei
foi
no
tempo
antigo
,
meu
estudo
era
diferente
e
eu
...
Doc
:
A
senhora
fez
até
que
série
?
Inf:
Ah
,
eu
estudei
até
a
quarta
série
.
Doc
:
Foi
?
Inf:
Foi
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Mah
era
tudo
diferente
,
num
era
como
hoje
,
né
?
Meus
fio
estuda
,
mas
eu
num
entendo
como
é
.
Qu’eles
doih
mehmo
que
tá
aqui
,
todos
doih
ainda
estuda
,
as
outas
já
se
formaru
tudo
,
mas
esse
dois
inda
falta
.
Doc
:
Hum
.
E
a
senhora
sabe
escrever
e
ler
.
Inf:
Sei
escrever
e
ler
,
conta
,
se
num
seno
muito
difícil
,
eu
faço
.
Doc
:
Certo
[
pausa
]
.
Certo
.
E
existe
ajuda
do
governo
pra
escola
aqui
?
Inf:
Existe
,
existe
lápis
,
caderno
,
merenda
,
tem
tudo
.
Doc
:
Hum
.
Certo
.
[
pausa
]
A
senhora
acha
importante
ter
um
companheiro
,
né
dona
M
.?
Inf:
Acho
,
eu
acho
.
Quand’eu
era
moça
,
a
coisa
mais
qu’eu
pedia
a
Deus
,
era
p’eu
,
p’eu
me
casar
.
Doc
:
Ham
.
Inf:
Porque
o
qu’eu
tnha
tanto
medo
de
dormir
só
,
quand’eu
ia
p’um
quarto
sozinha
,
êta
,
mas
tinha
noite
qu’eu
num
dormia
não
qu’eu
era
muito
medrosa
,
tinha
tanto
medo
.
Inda
hoje
eu
sou
medrosa
,
num
me
bote
pa
dormir
num
quarto
só
não
,
eu
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
Sou
medrosa
,
eu
agradeço
a
Deus
.
Doc
:
E
a
senhora
conhece
,
assim
,
um
pouco
da
história
daqui
da
região
?
de
Casinhas
?
Inf:
Não
.
Doc
:
Como
foi
formado
as
primeiras
pessoas
que
chegaram
aqui
?
Inf:
Não
,
eu
não
.
Eu
só
sei
que
era
um
...
um
pinh
...
um
João
Lagoa
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Tinha
esse
Ináço
qu’era
o
mais
veio
,
mas
e
depoi
foi
rendeno
um
pouco
mais
essa
parte
aí
,
eu
num
sei
não
.
Doc
:
Então
quer
dizer
que
eles
eram
proprietário
da
terra
aqui
?
Inf:
Era
,
esses
aí
,
Inaço
e
João
Lagoa
,
n’era
J
.?
Doc
:
Hum
.
Circ:
É
o
véi
Ináço
era
o
dono
daqui
dessa
região
toda
.
Doc
:
Qual
a
religião
da
senhora
,
dona
M
.?
Inf:
A
minha
religião
é
da
igreja
católca
.
Doc
:
É
?
Inf:
É
.
Doc
:
Certo
.
E
existe
festa
aqui
?
Inf:
Inxiste
,
todo
ano
dezembro
tem
festa
.
Tem
nove
dia
de
novena
e
tem
festa
.
Doc
:
Hum
,
hum
.
A
senhora
acha
importante
?
Inf:
Acho
.
Eu
acho
é
um
divertimento
,
é
uma
aligria
,
é
uma
sastifação
que
a
gente
tem
no
fim
do
ano
,
né
?
Doc
:
Hum
.
E
essa
novena
de
hoje
e
de
antigamente
é
::...
são
iguais
?
Inf:
São
.
Os
dia
,
a
...
as
noite
de
novena
é
de
zabumba
,
gaita
,
zabumba
,
reza
a
novena
de
noite
na
igreja
,
sorta
foguete
e
só
no
mais
...
Doc
:
Igual
antigamente
.
Inf:
É
,
igual
antigamente
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Logo
,
o
povo
de
hoje
num
...
num
quere
essas
coisa
,
né
?
Quem
sempre
reza
é
o
povo
mais
véio
,
já
vem
naquele
ritmo
de
antigamente
.
Doc
:
Certo
.
E
tem
o
padre
aqui
na
Igreja
?
Inf:
Não
vem
de
Jeremoabo
.
Doc
:
Sei
Inf:
Vem
o
pade
A
.
Agora
mehmo
no
dia
trinta
ele
vêi
fazer
missa
aqui
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Começou
o
padre
F
.,
mas
depois
que
ele
passou
a
ser
monsenhor
,
vêi
outo
pade
,
e
de
vez
em
quando
vem
.
Doc
:
E
quais
são
as
outras
festas
que
tem
aqui
?
Inf:
Não
,
só
tem
mehmo
essas
,
aqui
num
é
muito
de
festa
não
!
Doc
:
Em
Junho
num
tem
não
?
Inf:
Não
em
junho
tem
é
em
Jeremoabo
,
é
em
Novo
Triunfo
,
é
...
Doc
:
Que
é
festa
de
São
João
?
Inf:
É
a
festa
de
São
João
de
Jeremoabo
,
e
Novo
Triunfo
é
festa
de
São
Pedro
.
Doc
:
Ham
.
Inf:
Aqui
só
existe
esta
.
Doc
:
Sei
.
E
tem
muita
gente
aqui
que
vão
sair
daqui
dona
...
Inf:
Que
vai
sair
?
Doc
:
Sair
daqui
pra
outro
,
outras
cidade
como
São
Paulo
.
Inf:
Minha
fia
,
aqui
tem
.
O
povo
daqui
a
meta’
,
aqui
só
tem
os
povo
mais
véi
,
os
povo
mais
novo
é
tud’em
São
Paulo
.
Doc
:
É
?
Inf:
É
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
É
.
As
casa
aqui
,
óh
,
é
tudo
vazia
,
assim
,
tá
veno
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
Começa
a
esvaziar
.
E
aqui
tinha
oito
fi
,
é
tudo
pro
mundo
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Fica
tudo
pro
São
Paulo
.
Doc
:
Sei
.
A
senhora
já
viajou
também
?
Inf:
JÁ
!
Já
fui
em
São
Paulo
três
vez
.
Doc
:
É
?
Inf:
É
.
Doc
:
E
...
Inhf
.
Já
fui
pon’tar
meus
filho
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Já
fui
doente
.
É
,
agora
mehmo
em
novembo
,
com
fé
em
Deus
,
eu
quero
ir
.
Doc
:
Mas
a
passeio
!
Inf:
É
a
passeio
.
Porqu’elas
num
pode
vim
.
Doc
:
Quanto
tempo
a
senhora
fica
lá
?
Inf:
Ah
,
é
trinta
dia
o
máximo
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Fico
POUCO
!
Eu
num
gosto
de
lá
.
Eu
vou
porque
tenho
meus
fio
,
a
gente
tem
soudade
,
né
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
Elas
num
pode
vim
todo
ano
,
quem
é
empregado
não
pode
,
né
?
Doc
:
Sei
.
Inf:
Aí
a
gente
de
dois
em
dois
ano
ou
de
três
em
três
aventura
ir
.
Só
mehmo
elas
mandano
ir
.
Doc
:
Hum
.
E
a
senhora
viajou
pra
outros
lugares
?
Inf:
Não
,
que
aí
num
é
[
inint
]
mehmo
.
Doc
:
Só
São
Paulo
.
Inf:
Só
,
assim
,
se
tiver
uns
negóço
,
a
gente
vai
assim
um
negóco
em
Pombal
ou
em
Cícero
Dantas
,
mas
esses
negóco
de
passeio
,
não
.
Doc
:
Ham
.
Inf:
Passeio
só
...
Aracajú
a
gente
vai
,
as
vez
como
precisa
de
exame
,
fazer
uma
coisa
assim
,
aí
vai
pa
Feira
.
Doc
:
Sei
.
E
quando
a
senhora
precisa
de
uma
coisa
,
assim
,
de
...
de
...
pra
comprar
pra
casa
ou
medicamento
,
exame
é
tudo
fora
?
Inf:
É
.
A
gente
faz
exame
,
as
vez
a
gente
faz
em
Jeremoabo
,
mas
hoje
aqui
em
Novo
Triunfo
já
faz
,
a
gente
faz
em
Aracaju
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
E
fazer
compra
,
a
gente
compra
aqui
em
Novo
Triunfo
,
em
Jeremoabo
tamém
.
Agora
as
compra
mehmo
da
...
da...de
...
de
casa
a
gente
faz
mehmo
é
em
Novo
Triunfo
.
Doc
:
Sei
.
E
antigamente
como
era
que
fazia
pra
viajar
?
Inf:
De
animal
.
Doc
:
É
?
Inf:
Todo
mundo
tinh’um
animal
,
um
burro
,
um
cavalo
,
um
jegue
,
uma
coisa
.
Doc
:
A
senhora
já
precisou
sair
,
assim
,
daqui
pra
outro
lugar
de
...
de
cavalo
?
Inf:
Precisei
,
andei
muito
.
Doc
:
Foi
?
E
como
é
...
foi
a
viagem
?
Inf:
A
gente
,
Jeremoabo
mesmo
,
a
gente
cansava
de
ir
de
animal
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
A
gente
saía
hoje
bem
cedo
,
assim
,
umas
três
hora
,
quato
,
quando
era
sete
,
oito
tava
lá
,
quando
era
três
hora
voltava
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Pra
Antas
a
gente
ia
de
animal
,
tamém
pra
Novo
Trinfo
,
andava
assim
,
lá
.
Doc
:
E
era
divertido
?
Inf:
Era
bom
,
andava
.
A
gente
ia
pa
Jeremoabo
...
E
os
casamento
que
o
povo
ia
casar
em
Jeremoabo
e
era
tudo
de
cavalo
?
Doc
:
Ah
,
me
conte
aí
um
desses
casamentos
.
Inf:
ERA
BOM
!
Ah
minha
fia
,
aí
era
bom
,
ajuntava
muita
gente
de
cavalo
,
levava
as
muié
.
Ia
...
umas
ia
de
garupa
,
aí
era
uma
festa
,
bebeno
pinga
,
era
...
é
tudo
vão
tusiasmado
correno
,
no
caminho
era
animado
,
viu
?
Doc
:
Sim
.
Inf:
Era
os
casamento
.
Antigamente
era
,
num
era
todo
mundo
,
casamento
que
casava
aqui
não
,
ia
mais
po
Jeremoabo
.
Doc
:
E
os
noivos
também
?
Inf:
Os
noivo
,
er’os
da
frente
,
er’os
que
ia
casar
,
né
?
Doc
:
É
,
ah
.
Inf:
Quando
voltava
era
tudo
quente
,
era
quando
chegava
na
casa
dos
pai
.
Aí
era
uma
serenata
,
era
...
arrodiava
a
casa
.
Aí
agora
,
aí
enquanto
tavu
com
aquela
serenata
,
era
uma
sonfona
e
cantava
ali
,
tava
arruman’as
mesa
,
agora
ia
dar
de
comer
.
Nesse
tempo
dava
de
comer
o
povo
todo
,
quond’ia
casar
uma
fia
,
aí
já
sabia
era
,
era
porco
,
era
galinha
,
era
muita
comida
.
Aí
quond’acabar
era
só
tirar
as
mesa
e
a
sofona
véa
tocava
até
o
outo
dia
.
Doc
:
Ah
.
Inf:
Era
bom
.
Doc
:
A
senhora
casou
alguma
filha
sua
assim
?
Inf:
Não
...
NÃO
CASEI
UMA
!
Doc
:
Como
foi
?
Inf:
Assim
com
[
inint
]
,
matou
porco
,
conziou
muita
carne
.
O
casamento
foi
aqui
na
igreja
,
quando
chegou
,
todo
mundo
vêi
de
serenata
da
igreja
pra
cá
e
a
gente
foi
arrumar
as
mesa
,
botar
comida
.
Aí
já
foi
é
::
mais
pra
cá
,
né
,
tá
com
poucos
ano
,
tem
acho
qu’é
catorze
ano
,
é
...
Aí
num
teve
festa
,
tinha
os
bar
,
já
tinha
os
bar
e
ia
pa
dançar
.
Era
lá
com
som
dos
bar
,
né
,
mas
teve
muinta
bebida
,
a
bebida
e
a
casa
foi
cheia
de
gente
a
beber
e
a
comer
e
aí
quond
terminaru
foru
p’os
bar
,
foru
fazer
a
festa
nos
bar
.
Doc
:
E
a
senhora
acha
que
o
casamento
de
antigamente
dura
mais
do
que
o
de
hoje
?
Inf:
Hoje
num
dura
nada
,
minha
fia
.
Minha
fia
,
HOJE
,
hoje
casam
,
quand’é
com
...
uns
vive
até
um
ano
,
d’um
ano
em
diante
se
conta
os
que
vive
,
num
é
mesmo
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
Se
cont’os
que
vive
.
Mas
os
casamento
de
hoje
num
é
por
amor
.
Casamento
hoje
é
um
escândlo
.
ELES
TÃO
ALI
SE
ESCANDALIZANO
,
quando
der
fé
,
foi
que
hoje
num
tem
mais
casamento
.
Hoje
é
só
se
ajuntar
,
hoje
é
só
“vamo
,
umbora
m...”
.
Hoje
qu’essas
moto
,
é
só
botar
na
garupa
das
moto
,
ir
.
Doc
:
E
,
é
:::,
o
pessoal
aqui
,
tem
muita
separação
aqui
?
Inf:
Tem
,
tem
aqui
,
em
todo
canto
tá
teno
aqui
tem
tamém
.
Doc
:
Senhora
conhece
algum
caso
de
pessoas
que
já
casou
duas
vezes
?
Ou
tem
aqui
mesmo
na
cidade
?
Inf:
Duas
vez
?
Doc
:
Sim
,
tem
duas
,
três
família
,
com
a
...?
Inf:
Não
,
não
,
tem
nada
não
.
Doc
:
Ham
.
Inf:
Não
tem
.
O
irmão
dele
que
já
casou
,
tem
duas
famia
.
Tem
ali
outo
ali
que
a
muié
morreu
,
ele
mora
com
uma
muié
,
mas
ela
era
casada
ele
num
pôde
casar
...
Doc
:
Hum
.
Inf:
...
logo
com
ela
.
Tem
,
procurano
bem
que
tem
.
[
ri
]
Doc
:
É
.
E
aqui
dona
,
dona
M
.
o
pessoal
planta
muito
?
Inf:
Num
planta
muito
porque
é
muita
gente
e
a
terra
é
pouca
pa
cada
,
né
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
O
povo
daqui
gosta
de
trabalhar
.
Doc
:
É
?
Inf:
É
.
Doc
:
E
o
qu’é
qu’é
cultivado
aqui
?
Inf:
Milho
,
feijão
,
mandioca
.
Té
uns
tempos
atrás
plantava
muinto
fumo
,
mais
deixaru
,
o
povo
ficaru
véi
.
Doc
:
É
?
Inf:
Foru
deixar
e
mais
[
inint
]
,
deixaru
de
plantar
fumo
,
aplanta
mehmo
é
feijão
e
milho
e
mandioca
.
Doc
:
A
senhora
sabe
fazer
farinha
?
Inf:
Ah
,
todo
mundo
sabe
,
né
?
Doc
:
É
.
Senhora
pode
falar
como
é
que
faz
?
Inf:
Como
é
que
faz
?
Bota
a
...
arranca
a
maniv
...
arranca
a
maindioca
,
bota
na
casa
de
farinha
,
a
gente
,
as
mulher
,
vai
lá
rapar
,
né
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
Antigamente
tinha
era
pa
rapar
e
a
gente
botava
uma
banca
assim
com
rodête
,
enfia
aquele
colo
de
maindioca
e
dêi
relano
lá
numa
,
no
rodão
e
a
gente
e
a
...
e
a
roda
aqui
rodano
e
botan’a
maindioca
,
né
?
Aí
depois
passou
pa
moto
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Aí
agora
hoje
,
é
mais
casa
de
farinha
.
Cês
já
viru
umas
casa
de
farinha
como
hoje
não
?
Doc
:
Não
.
Inf:
Num
sabe
como
é
as
casa
de
farinha
?
Doc
:
Não
.
Eu
só
vim
conhecer
uma
casa
de
farinha
antiga
.
Inf:
É
...
é
tudo
a
negía
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
A
gente
rapa
,
e
pa
relar
é
a
negia
,
tem
aquele
cochão
de
relar
,
pa
imprensar
,
é
a
braço
pa
imprensar
,
tem
as
peça
diferente
,
a
imprensa
.
Pa
torrar
a
farinha
é
a
negia
,
pa
peneirar
a
farinha
é
a
negia
.
Hoje
,
é
::,
as
muié
só
faz
mehmo
rapar
.
Doc
:
Hum
.
Senhora
faz
beiju
?
Inf:
Quond’eu
trabaiava
fazia
mia
fia
,
mas
hoje
eu
adoeci
,
passou
derrame
pa
esse
lado
...
Doc
:
Ham
.
Inf:
Nunca
mais
eu
...
até
o
ano
passado
,
eu
e
N
.
num
tinha
ninguém
,
só
era
nóh
dois
aqui
den’de
casa
,
aí
nóh
não
plantou
mandioca
[
inint
]
.
Doc
:
E
qual
é
a
comida
que
m
...
hem
,
dona
M
.
e
quais
são
as
comidas
que
,
assim
,
tradicionais
aqui
que
o
pessoal
mais
gosta
?
Inf:
Minha
fia
,
óia
as
comida
daqui
,
o
meu
mais
[
inint
]
,
é
feijão
e
carne
e
arroz
.
Assim
uma
verdura
,
né
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
É
tanto
qu’eu
num
gosto
de
comprar
verdura
,
porque
eu
num
gosto
daqueles
veneno
.
Doc
:
Ham
.
Inf:
Do
que
for
,
eu
num
gosto
.
Agora
quando
é
inverno
,
a
gente
tem
um
tomate
a
um
alface
,
a
abóbra
essas
coisa
,
a
gente
,
é
difíci
eu
comprar
,
as
comida
mehmo
é
carne
,
feijão
e
arroz
.
Doc
:
Certo
.
Então
quer
dizer
que
aqui
num
tem
uma
comida
,
assim
,
que
o
povo
mais
gosta
de
fazer
,
né
?
Inf:
Eu
mehmo
não
.
Agora
os
outro
lá
,
gosta
de
um
tipo
de
comida
,
né
?
Doc
:
E
a
sua
saúde
,
pra
a
sua
comida
,
a
senhora
num
tem
assim
problema
com
sal
ou
açúcar
?
Inf:
Tenho
,
açúcar
não
,
só
tenho
pobrema
com
sal
.
Doc
:
É
?
Inf
,
É
.
As
outa
coisa
eu
num
posso
comer
,
eu
faço
inzame
,
num
tenho
diabete
,
num
tenho
calesterol
.
Graças
a
Deus
,
pronto
,
agora
,
a
pressão
que
como
sem
sal
,
né
mehmo
?
Pouco
de
sal
.
Doc
:
E
a
...
esse
problema
que
a
senhora
tem
no
braço
,
foi
o
quê
?
Inf:
Eu
acho
que
foi
pressão
,
que
taha
munto
alta
.
Eu
me
deitei
,
quano
foi
bem
cedo
eu
fui
me
levantar
[
inint
]
esquisito
.
Doc
:
E
tá
assim
até
hoje
?
Senhora
num
foi
....
Inf:
Ah
,
mas
eu
fiquei
boa
,
foi
...
fui
sem
me
levantar
,
passei
trinta
dia
,
só
me
levantava
com
uma
pessoa
pegeda
ne
mim
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
Mas
hoje
eu
ando
,
eu
vou
pa
todo
canto
,
fiquei
sã
,
graças
a
Deus
.
Fiquei
com
o
defeitio
na
perna
,
né
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
E
o
braço
num
é
normal
não
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Mais
eu
não
sinto
dor
,
eu
ando
,
eu
caminho
.
Doc
:
Sei
.
Inf:
Eu
vou
pa
Novo
Triunfo
,
faço
minha
feira
,
minhas
compra
[
inint
]
,
vou
pa
Jeremoabo
,
fico
boa
,
né
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
Desse
lado
mehmo
,
eu
num
tou
sentino
nada
.
Doc
:
A
senhora
vai
de
carro
.
Inf:
Vou
de
carro
.
Doc
:
Sei
.
Tem
carro
aqui
todos
os
dias
pra
lá
?
Inf:
Pa
Jeremoabo
não
tem
...
(
pausa
)
Doc
:
E
a
senhora
sabe
,
assim
,
algum
caso
de
doença
,
assim
,
na
região
?
Inf:
Ói
,
eu
mehmo
já
fui
tão
doente
,
AVE
!
Eu
mehmo
tive
um
poblema
,
criou
um
mioma
em
mim
,
tive
que
tirar
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
Na
cirúgia
,
o
médico
furou
a
bexiga
,
ficou
vazano
,
aí
eu
sofri
aí
...
Doc
:
E
...
e
...
Inf:
Fui
pa
Som
Paulo
,
consertou
.
Doc
:
Foi
?
Inf:
Foi
.
Já
consertou
,
graças
a
Deus
fiquei
normal
.
Doc
:
Então
quer
dizer
que
o
médico
fez
isso
e
num
...
não
percebeu
?
Inf:
Não
.
Ele
não
pecebeu
.
Era
um
médico
bom
,
ele
era
de
Aracaju
.
Era
um
médico
bom
,
é
poque
acontece
.
Doc
:
Como
que
a
senhora
soube
que
era
,
tava
furada
?
Inf:
Ah
.
Poque
eu
senti
dor
,
poque
eu
já
tinha
feito
uma
cirúgia
e
quand’depois
de
trêh
dia
ou
quato
a
gente
vai
miorano
,
né
?
E
eu
sentino
dor
e
vazano
.
Doc
:
Hum
.
Inf:
E
ficou
vazano
e
eu
sentino
muita
dor
,
de
po
causo
de
infecção
,
nom
é
?
Doc
:
Hum
.
Inf:
Aí
voltei
lá
,
chego
lá
ele
falou
,
disse:“é
,
tá
furada”
.
Aí
cortou
novamente
pa
ver
se
con
...
se
consertava
e
num
consertou
,
aí
foi
pior
.
Aí
voltei
lá
de
novo
,
ele
tornou
a
cortar
pa
ver
se
consertaha
,
mah
num
deu
jeito
não
.
Aí
eu
fui
pa
São
Paulo
,
aí
consertou
.
Fiquei
normal
,
quando
foi
aí
depois
,
passado
três
ano
,
aí
adoeci
dessa
perna
.
Sempe
....
Doc
:
E
aqui
no
povoado
tem
,
assim
,
alguma
coisa
de
erro
médico
?
A
pessoa
foi
pro
médico
e
teve
algum
problema
que
o
médico
...
Inf:
Não
,
só
eu
.
Doc
:
É
?
Inf:
Só
aconteceu
comigo
.
Doc
:
E
as
crianças
daqui
são
todas
sadias
?
Inf:
São
.
Aqui
num
tem
criança
...
Porque
as
doença
,
assim
,
que
se
fala
é
,
assim
,
se
tem
alguma
criança
com
a
diabete
,
né
?
Ou
tem
arguma
criança
assim
com
câncer
,
né
?
Mah
aqui
num
tem
,
e
gripe
e
essas
outah
doencinha
é
normal
,
é
do
tempo
,
né
?
Doc
:
Então
quer
dizer
que
é
normal
ter
,
assim
,
sarampo
,
catapora
?
Inf:
Ói
,
tem
muito
tempo
que
num
existe
essas
dença
,
depoih
da
vacina
.
Doc
:
Ah
.
Inf:
Aqui
é
um
lugar
até
saudíio
,
graças
a
Deus
.
Doc
:
E
num
tem
criança
,
assim
,
com
deficiência
mental
?
Inf:
Não
.
Tem
algum
,
mas
é
pouco
,
assim
.
Tem
uma
menina
que
ela
,
ela
é
mêi
,
assim
,
distraída
,
sabe
?
Doc
:
Sei
.
Inf:
Tem
uma
menina
ali
que
parece
que
deu
paralisia
na
hora
que
nasceu
,
dois
menino
,
um
menino
e
uma
menina
.
Mas
já
tá
moça
e
rapaz
,
moçona
e
rapazão
.
Doc
:
É
?
E
eles
são
paralíticos
?
Inf:
Não
,
não
,
num
são
paralitco
não
.
Aqui
num
tem
ninguém
paralítco
não
.
Todo
mundo
anda
,
o
menino
trabaia
,
anda
a
vontade
!
Doc
:
É
?
Inf:
O
menino
faiz
tudo
,
é
!
Ele
faz
tudo
que
só
.
E
a
menina
ela
é
mêi
assim
[
inint
]
,
cê
dá
fé
,
assim
,
ela
andano
,
qu’ela
tem
o
defeito
,
ela
caminha
,
tem
um
defeito
,
mah
ela
anda
muito
.
Doc
:
Sei
,
hum
!
Inf:
Ela
anda
e
é
sadia
,
né
?
Doc
:
Sei
Inf:
Num
é
aquelas
muié
paralítca
não
,
tem
ninguém
paralítco
aqui
na
cidade
.
Doc
:
É
,
ôh
dona
M
.
e
...
é
,
o
pessoal
vê
o
batismo
,
do
mesmo
jeito
de
antigamente
?
Inf:
Não
.
Eu
mehmo
acho
diferente
.
Doc
:
A
senhora
pode
falar
um
pouco
?
Inf:
Eu
acho
diferente
,
porque
antigamente
,
a
gente
ia
batizar
e
tinha
...
quonde
chegava
lá
,
a
gente
levava
aquele
menino
,
tinha
aquelas
tuaiôna
bonita
,
de
renda
,
punha
...
botava
aquele
menino
assim
deitado
,
né
?
Doc
:
Sei
.
Inf:
E
ali
tinha
quela
vela
,
acendia
aquela
vela
,
a
pessoa
tinha
que
saber
rezar
o
crên
Deus
Pai
,
fazia
o
sinal
da
cruz
e
rezava
o
crêin
Deus
Pai
.
Di
ferente
.
Os
pai
e
as
mãe
não
ajudava
.
Hoje
os
menino
,
só
batiz’os
menino
tudo
grande
,
quande
chega
na
igreja
é
mehmo
que
uma
vaca
vê
o
cachorro
,
que
a
vaca
parida
viu
o
cachorro
preto
!
Aí
ele
se
dana
logo
a
chorar
,
é
obrigado
os
pai
acompanhe
,
num
leve
mais
como
a
gente
...
num
tem
mais
tuaia
,
é
só
levar
e
boto
no
braço
.
Ali
o
pai
e
a
mãe
é
quem
mais
,
é
quem
mais
pega
aquele
menino
,
acende
ali
uma
velinha
e
se
os
padrim
souber
rezar
o
crên
Deus
Pai
,
ali
reza
sem
ninguém
peceber
e
se
num
souber
por
aquilo
aí
mehmo
fica
.
É
diferente
!
Eu
acho
diferente
.
Doc
:
É
.
Hum
!
Então
quer
dizer
que
era
importante
o
padrinho
saber
rezar
?
Inf:
Era
,
era
,
era
importante
,
se
num
suubesse
tinha
que
aprender
.
Eu
mesmo
,
o
primeiro
menino
que
eu
fui
batizar
,
muita
gente
perguntou
se
eu
sabia
isso
aí
,
eu
disse
:
“ah
,
eu
aprendi
minhas
reza
foi
em
pequena
logo”
!
Doc
:
Sei
.
Inf:
O
Pai
Nosso
,
o
Crên
Deus
Pai
,
Salve
Rainha
,
ato
de
fé
,
ato
de
contrição
,
minha
mãe
me
ensinou
foi
eu
novinha
.
Que
hoje
as
criança
num
aprende
não
Doc
:
Sei
.
Inf:
Nesse
tempo
num
tinha
televisão
,
nem
bar
pa
ninguém
se
interter
não
.
Que
hoje
as
criança
num
aprende
não
!
Quando
é
seis
hora
vão
tudo
pa
televisão
,
quando
sai
vai
pos
bar
,
tem
tempo
de
aprender
?
Nesse
tempo
não
,
eu
aprendia
minhas
reza
tudo
.
Doc
:
É
.
Inf:
Eu
sabia
.
Doc
:
A
senhora
tem
muitos
afilhados
?
Inf:
Tenho
!
AVE
MARIA
!
Nem
conto
.
Doc
:
É
?
E
como
foi
o
batismo
?
Inf:
Foi
,
assim
,
mehmo
como
eu
tou
contano
.
Doc
:
É
?
Inf:
A
gente
levava
na
tuaia
,
tinha
tuaia
bonita
de
renda
,
de
crochê
!
Doc
:
Sei
.
Inf:
Aí
chegava
lá
,
deitava
o
menino
aqui
,
a
mad
...
nesse
tempo
tinha
madrinha
de
apresentar
,
agora
eu
nunca
quis
madrinha
de
apresentar
.
Quand’eu
ia
batizar
,
eu
dizia
logo
:
“ói
,
se
for
pa
ter
madrinha
de
apresentar
eu
num
quero
!
Porque
eu
num
vou
gastar
com
afilhado
,
quonde
acabar
os
outo
ser
quem
segure
!
Quem
segura
é
eu
,
que
foi
quem
gastei!”
Doc
:
É
.
Inf:
Aí
me
botava
as
madrinha
de
apresentar
,
aí
a
que
arrumou
,
ficava
detrás
...